sexta-feira, 23 de março de 2012

Saudade da infância

                                              
   
   Ah, aquela época aquela que a gente ia para a escola só pra fazer pintura a dedo, brincar de pique, joga bola, brincar de casinha, lanchar e dormir... Como era bom o tempo em que tudo o que víamos de novo, era algo realmente emocionante. A época em que acreditávamos em contos de fadas, em historinhas de dormir... Em que tudo o que as brincadeiras pareciam reais. A época em que nossa imaginação era tão fértil que uma simples caixa de papelão podia ser mil e uma coisas. Aquele tempo que eramos paparicados por toda a família, ganhávamos os maiores presentes, eramos constantemente zoados pelos mais velhos por acreditar no papai noel e no coelhinho da pascoa! Ah, aquela época... Bons tempos aqueles, bons tempos...
   Tentar dar cambalhota, fazer poses para fotos, tentar segurar bolhas de sabão, se fantasiar, fazer uma incrível diversidade de comidas invisíveis, sempre lamber a colher usada pela mamãe para preparar o bolo no fim da tarde, a felicidade de apagar as velhinhas naquele dia especial, quando uma simples mascara de papel te transformar num incrível super-herói! Sim, aquela foi, é e sempre será a melhor parte da vida de qualquer um.

Ainda sou criança

   As vezes, eu gosto de sentar frente a TV e assistir todos aqueles programas bobos que via quando pequena. Rir de como eu era boba por gostar daquelas bobagens. Mas sempre acabo por rir, não de deboche, mas uma risada sincera, de que encontrei alguma graça ali. Gosto de voltar a ser criança, nem que seja por apenas alguns minutos. 
   Na escola, quando dizem que estou parecendo uma louca, falando coisas sem nexo e rindo de besteiras, discutindo coisas sem noção, eu estou apenas voltando a minha infância porque não quero ser como os outros que crescem e esquecem a criança que um dia foram. 
   Quando estou brincando de boneca sozinha no meu quarto, ouvindo as musicas que costumava ouvir e que agora estão "ultrapassadas", ou só vendo aqueles filmes infantis... Eu só estou relembrando minha criança interior. 

   Eu posso estar alta, madura, em não sei que ano na escola, com boas notas. Posso ter meu corpo formado, minha cabeça definida, posso ter o que for e ser o que for. Não importa! Por que não posso gostar de bichinhos de pelúcia? Ou da Discovery Kids? Por que não posso curtir Floribella? Eu gosto de ter esse lado infantil, é bom, e não preciso, nem vou mudar isso. Você também não deveria, ou vai dizer que não sente falta dos Teletubies? 


Das antigas


   Escrever é algo tão gosto de se fazer, que desde muito, muito tempo atrás, crianças, as pessoas arrumavam jeitos de facilitar essa experiencia tão boa.

O frio


Suspirei.
Coloquei os pés no chão sentindo o frio percorrer meu corpo num arrepio. Cruzei os braços diante do peito e caminhei até a janela do quarto. A lua caia no céu, me roubando o dia e me deixando a noite.
Sai de casa.
Fechei os olhos jogando minha cabeça para trás, respirando o ar nem tão puro, o vento que batia em meu rosto. Abri os olhos e abracei meu corpo sentindo o frio me tomar novamente, por inteira. O céu passava de azul claro, para azul escuro, o sol dava lugar a lua e as estrelas naquela imensidão azul, ao alto, sem nuvens.
Suspirei.
Era mais um frio dia que se acabava em minha triste vida.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Coração não fala





     Tempos atrás, eu me perguntei como seguir meu coração, se ele não anda. Achava ridículo que falassem “ouça seu coração”, como se ele não fala? Eu não entendia como isso era possível, nem como fazê-lo. Ate ontem. Eu, até que enfim, percebi que você só aprende a seguir e/ou ouvir seu coração quando realmente precisa. 

Apenas viva


A vida pode ser do jeito que você quiser.
Apenas erga a cabeça e siga em frente quando não der certo, continue tentando.
Apenas diga “não” ao que não gosta, mude. Tente.
Apenas deixe o passado pra trás, viva o presente, sonhe o futuro.
Apenas saia com os amigos, converse com quem gosta de conversar, brinque com quem brinca com você, zoe com a galera, beba, vire a noite no PC, sei lá!
Apenas faça o que quiser!
Apenas divirta-se!
Apenas sorria.
Viva sua viva, cara! Porque você nunca sabe quando ela vai acabar.

Discussão de melhores amigas


Você
Que ilumina minha vida
com seu sorriso maroto
e seu jeito meio doido
com seus passos estranhos
E muito descoordenados.

Com suas falas
de dar medo
e seus olhos negros.
Me fazem entender
que melhores amigas
são como você.
          Kate Vaz para Melissa Luz


Você tem tripla personalidade
Mas as três são hiper legais
Uma é pirada
A outra é chata
E a outra chega a ser ate "normal"
Mas não me faz mal
Porque essa maluquice toda,
É o que te faz especial.
É o que te faz tão parecida comigo.
É o que te faz minha melhor amiga.
                              Melissa Luz para Kate Vaz

Essa sou eu
louca como sempre
sorrindo como sempre
falando como sempre
olhando pra você
minha bff
de corpo e alma
minha inspiração
minha diversão.
             Kate Vaz para Melissa Luz

Ok,ok,ok,
Essa é sua!
Você ganhou a discussão.
Mas não se esqueça!
Você está em metade do meu coração!
                           Melissa Luz para Kate Vaz

Apenas um

   Ela  se virou e ele estava lá, com aquele sorriso torto que fazia seu coração acelerar. Aqueles olhos que tanto a agradavam, que lhe davam segurança. 
   A garota se jogou naqueles braços fortes, envolveu-se no pescoço dele e afundou a cabeça em seu ombro. Ele a puxou para mais perto, apertou o corpo dela contra o seu, mergulhou o rosto em seus cheirosos cabelos.
   Era ali, juntos, nos braços um do outro, que eles se completavam., Que eles se permitia ser completamente um do outro. A dor, a tristeza, a solidão, nada mais importava, um sempre espantava os males um do outro e juntos o mundo era só deles.
   -Eu te amo, seu idiota! -Ela disse dentre as lagrimas que começavam a cair, apertando ainda mais forte o pescoço do menino e esquecendo completamente a briga anterior.
   -Também te amo, minha menina. -Ele respondeu passando a mãe pelos pedos cabelos da namorada e apertando mai ainda. Sentindo o corpo dela colado ao seu, como se fossem um só.

Outro tipo de amor


   Não havia um dia que se passasse e eles não discutissem. Não havia um dia em que eles  não se provocassem. Não havia nem sequer um dia que eles se dessem bem. Mas quando ela quase foi atropelada, foi ele quem a salvou, foi ele quem tomou suas dores, foi ele que foi internado.
   Porque não importa o quanto eles briguem e falem que se odeiam, eles se amam, no fundo, pois irmãos é irmãos.

domingo, 18 de março de 2012

Temporal


   A chuva caiu. O céu despencou, desmoronou. O temporal finalmente aconteceu.
Em baixo da água, eu estava completamente molhada. Apenas alguns minutos se passaram desde que a água começou a cair. Eu tinha as roupas coladas no corpo e o cabelo molhado. Estava completamente encharcada.
   O vento batia contra meu corpo, empurrando-o para o lado. Mas meus pés estavam fixos no chão. Eu não me movia. A água batia ferozmente no meu rosto, o vento tentava me mover, meu olhar petrificado ao longe.
   O céu cinza, tomado por nuvens horrorosamente negras. As pessoas passavam por mim como vultos, todas de guarda-chuva que trombavam uns com os outros. Alguns me empurravam, outros passavam longe, mas todos eram vultos que andavam rápido demais para que visse seus rostos. Tentavam fugir da chuva.
As folhas das arvores balançavam como se dançassem. Os pequenos pássaros voavam para longe, tentavam se abrigar da chuva. Todos tentavam. Menos eu. Terra, areia, água, meu pé, era o que tinha dentro do meu sapato.
   A chuva caia em mim, o vento me empurrava pro lado, mas eu não ia. Permanecia parada, embaixo daquele temporal.
   Eu não sentia. Eu não ouvia. Eu não falava. Era como se estivesse isolada do mundo ao meu redor. Como se estivesse dentro de uma bolha que mantinha tudo longe. Quem me dera fosse verdade. Mas não era e a água continuava a bater contra meu corpo.
   Fechei meus olhos.
   A água molhava meus lábios, meus braços, minhas roupas, meu cabelo.
   Abri-os.
   Como se saísse do transe, aos poucos. Deitei a cabeça pra trás. Pude ver então o céu, aos meus olhos estava pior do que parecia. A chuva só aumentava. Só piorava. Só se tornava mais feroz. A neblina se instalou no lugar. Dificultando minha visão, mas do que isso importava?
   Todos fugiam da chuva, como se conseguissem, como se fosse possível. Uns se instalavam em baixo de toldos, alguns dentro de lojas, outros entravam em suas casas, mas a chuva continuava a cair. Sem parar.
   Tal como as pessoas, os carros por aqui passavam. Como vultos. Vultos que espirravam água nas calçadas, causando aquele o constante barulho. Vultos mais rápidos. Mais velozes. Vultos de automóveis. Como se estivessem mortos. Como se fossem fantasmas. Talvez essa fosse eu. A fantasma ali. Talvez fosse eu o vulto.
   Observei atentamente a gota escorregar pela lente do óculos, cair na minha bochecha, correr por minha boca, meu pescoço e se juntar as outras na minha blusa. Varias outras a imitavam a seguir. Voltei meu olhar ao alem. Os vultos, as casas, prédios, arvores, tudo. Eu não via. Meu olhar estava fixo no nada. Tudo o que era real se embaralhava na minha mente, tornando-se apenas uma obra abstrata. Eu não piscava, como em uma singela brincadeira.
   A água continuava a bater contra meu corpo, o vento não desistira de me empurrar para longe dali.  Mas eu não saia do lugar, eu estava parada debaixo do temporal, e era ali que ficaria. 

Uma flor amarela


   Existia, a muito tempo, no Sul, um bosque de flores brancas, azuis, e verdes.
Um dia, um brotinho amarelo apareceu em meio as flores azuis e verdes. Todas estranharam, afinal, o bosque de flores vermelhas, laranjas e amarelas era no Norte.
   Muitos descriminaram-na por isso. Ela não era querida por muitos ali. Por fim, decidiram que a pequena florzinha amarela merecia uma chance e com o tempo ela cresceu, floresceu e mudou tudo e todos a sua volta, bem quase todos. Muitos ainda a discriminaram, porem ouros a apoiavam para erguer a cabeça e ser forte, seguindo em frente.
   Agora, a florzinha amarela está doente e corre risco de morre, ela ainda é muito desprezada e estes que a desprezam anseiam sua morte. Talvez, ela não tenha força suficiente para enfrentá-los e se manter firme e forte, mas talvez, com apoio, ela consiga. O problema é que não se sabe qual lado vence: O que quer a morte da pequenina flor amarela, ou o que quer a sobrevivência e germinação dela. 
   A pequena florzinha amarela é como o nosso amor, ambos nasceram no lugar errado.